Um imbróglio entre as empresas provedoras de internet e a Coelba, que compartilha os postes com as prestadoras do serviço, pode deixar os baianos sem acesso à rede por 24 horas.
De acordo com o Sindicato das Empresas de Internet do Estado da Bahia (Seinesba), a companhia de energia estabeleceu novos critérios para o cabeamento nos postes da cidade, que deve ser seguido pelos provedores. No entanto, o prazo para adaptação foi apenas de 30 dias. "Para as empresas de internet se adaptarem a esta norma da Coelba há a necessidade de operações complexas que envolvem tempo e altos investimentos", pontuou o presidente do Seinesba, André Costa.
O sindicato informou ainda que a empresa já tem realizado cortes dos cabos, principalmente em locais que contam com provedores de menor porte. Na tentativa de solucionar o problema sem danos para a população, será realizada na próxima segunda-feira (12) uma reunião na sede da Coelba, com representantes da empresa, além de Costa, do presidente da Associação Brasileira das Empresas de Internet (Abranet), Eduardo Parajo, do gerente Regional da Anatel nos Estados da Bahia e Sergipe, Hermano Barros Tercius, e do vice-presidente da Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações (Abrint), Jakson Almeida.
No mesmo dia, uma assembleia geral do Seinesba discutirá a possibilidade de realizar uma paralisação de 24 horas dos serviços de internet em toda a Bahia. O objetivo da entidade é chamar a atenção da sociedade para os prejuízos causados pela decisão da Coelba e dos cortes sistemático dos cabos dos provedores.