O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou que se reunirá com os comandantes das Forças Armadas para conversar sobre o fortalecimento das forças de defesa do país e discutir a despolitização das corporações.
“Outra coisa que quero conversar é não politizar as Forças Armadas, despolitizar. É preciso que os comandantes assumam responsabilidade e dizer que o soldado, o comandante, o sargento, o tenente, o general, ele tem direito de voto, tem direito de escolher quem ele quiser para votar, mas como ele é um cargo de carreira e defende o estado brasileiro, ele não é exército do Lula, não é do Bolsonaro, não foi do Collor, não foi do FHC. A Suprema Corte não é do Lula. Essas instituições que dão garantia a esse país não precisa ter candidato, precisam defender o estado brasileiro e a Constituição”, afirmou.
O presidente defendeu ainda que deseja continuar com uma “relação civilizada” com as Forças.
“Não quero ter problemas com as Forças, não quero eles tenham problemas comigo. Quero que a gente volte à normalidade. As pessoas estão ai para cumprir suas funções e não para fazer política. Quem quiser fazer política, tira a farde, renuncie ao seu cargo, cria um partido político e vá fazer política. Mas enquanto estiver servindo as Forças, enquanto estiver na AGU, no MP, essa gente não pode fazer política. Essa gente tem que cumprir com a sua função constitucional. Pura e simplesmente está escrito na lei. É isso que eu quero que aconteça. Por isso, vou ter uma nova conversa com os comandantes, com Múcio”.
Lula também se mostrou satisfeito com o ministro da Defesa, José Múcio.
“José Múcio é meu amigo de muitos anos, é uma pessoa que eu confio, de muita habilidade política. Por isso que ele foi escolhido porque ele é um homem que, sempre que possível, tenta evitar qualquer conflito. Tem gente que não gosta disso”, apontou.