Reprovação a Dilma chega a 65% e só não é pior que a de Collor

Em São Paulo o governo da presidente Dilma Rousseff foi avaliado como ruim ou péssimo por 65% dos eleitores, segundo pesquisa do Datafolha divulgada neste sábado. É um recorde. Segundo o instituto, essa taxa de reprovação só não é maior do que a do ex-presidente Fernando Collor de Mello no período pré-impeachment, em setembro de 1992. Na época, Collor era rejeitado por 68% dos brasileiros.

A pesquisa ouviu 2.840 pessoas; a margem de erro é de dois pontos percentuais.

{relacionadas}No levantamento realizado nas últimas quarta e quinta-feiras, o governo Dilma é classificado como bom ou ótimo por apenas 10% dos brasileiros. Trata-se, de acordo com o instituto, da maior taxa de impopularidade da petista desde o início de 2011. Em dezembro de 2014, logo após ser reeleita, o índice de aprovação da presidente era de 42% (que consideravam seu governo ótimo ou bom) – apenas 24% achavam seu governo ruim ou péssimo. Hoje, 24% consideram o governo apenas regular.

O maior contraste na aprovação de Dilma é observado por região. No sudeste, somente 7% aprovam a presidente _ o que condiz com uma pesquisa citada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao comentar, para religiosos, como ressaltou reportagem do GLOBO neste sábado, a atual situação do governo que, segundo Lula, “está no volume morto”. Lula disse que uma pesquisa do Instituto Lula, realizada no ABC Paulista, mostrou que apenas 7% consideraram o governo Dilma bom ou ótimo.

No Nordeste, a aprovação de Dilma é de 14%. No Sul, de 11%. No Centro-Oeste, 9% e no Norte, 11%.

O instituto também simulou um cenário de corrida eleitoral para a Presidência da República. Aécio Neves (PSDB-MG) alcançou 35% das intenções de voto — 10 pontos à frente do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Marina Silva aparece com 18%. Com Geraldo Alckmin (PSDB-SP) no lugar de Aécio, Lula e Marina empatariam tecnicamente em primeiro lugar, com 26% e 25% _ deixando Alckmin em terceiro, com 20%.

O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), aparece com 2% no primeiro cenário (com Aécio) e 3% no segundo (com Alckmin).