Revelação inesperada: Secretário municipal confessa que alterou dados de vacinação de Bolsonaro

Usando senha de enfermeira, Secretário remove dados de vacinação de Jair Bolsonaro e filha do sistema do Ministério da Saúde.

João Carlos de Sousa Brecha, o Secretário de Governo do município de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, admitiu recentemente o uso indevido da senha de uma enfermeira para excluir registros de vacinação, falsamente associados ao ex-presidente Jair Bolsonaro e a sua filha, do sistema do Ministério da Saúde. Brecha, segundo a Polícia Federal, foi alegadamente encarregado de inserir o registro falso de imunização contra a Covid-19.

O caso e a defesa do secretário

De acordo com documentos apresentados ao Supremo Tribunal Federal (STF), na tentativa de anular sua prisão preventiva, Brecha admitiu a exclusão dos dados em questão, que aconteceu em 27 de dezembro do ano passado. O secretário defendeu que esta ação foi tomada após uma revisão interna dos dados revelar que o ex-presidente e sua filha constavam na lista de vacinados do município, apesar de ser “fato público e notório” que eles não se vacinaram em Duque de Caxias.

A defesa de Brecha argumenta que a inserção dos dados pode ter ocorrido por engano, considerando que apenas é necessário digitar o CPF para incluir alguém no sistema. A senha de Claudia Helena Acosta Rodrigues da Silva, uma enfermeira local, foi utilizada para a exclusão dos dados, uma vez que a senha do próprio Brecha não permitia ou não estava funcionando para realizar a exclusão naquele momento.

Reações e consequências

O ex-presidente Bolsonaro, consultado pela Polícia Federal, reafirmou que não se vacinou e negou qualquer participação na alteração dos seus dados de vacinação ou os de sua filha.

Além disso, a defesa de Brecha destaca que, após a exclusão dos dados, Bolsonaro viajou para os Estados Unidos em 30 de dezembro. Portanto, segundo o advogado de defesa, a inclusão indevida das informações não causou danos, uma vez que os dados já haviam sido excluídos antes da data da viagem.

O documento ainda enfatiza que, conforme amplamente noticiado pela imprensa, Bolsonaro entrou nos Estados Unidos com um passaporte diplomático e a filha com um documento que comprova a sua impossibilidade de tomar a vacina.

O caso ainda está sob investigação e até o momento não houve manifestação do advogado de Brecha além do documento submetido ao STF. Continuaremos acompanhando esta situação, trazendo novas informações conforme são reveladas.