Rui Costa e Fernando Haddad se manifestam contra decisão do Copom sobre a taxa de juros

O atual ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), quebrou o silêncio sobre o comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), que gerou críticas do titular da Casa Civil do governo federal, Rui Costa.

Segundo Haddad, a decisão do Copom de manter a taxa básica de juros (Selic) em 13,75% e sinalizar a possibilidade de novas altas em caso de necessidade é preocupante, especialmente em um momento em que a economia está em retração. O ministro afirmou ter lido o comunicado com atenção e disse que a divulgação do relatório bimestral do governo sobre as contas públicas mostra o compromisso do governo em reequilibrar as contas, o que deveria ser uma razão para flexibilizar a política monetária, em vez de endurecer o tom no comunicado.

Haddad ainda se disse surpreso com a decisão do Banco Central, que ocorreu no mesmo dia em que o Governo divulgou estimativas de aumento nas receitas e redução no déficit primário em relação ao valor sancionado no Orçamento. Ele considerou o comunicado do Copom “muito preocupante”, argumentando que as projeções de janeiro sobre as contas públicas estão se confirmando.

Além dele, Rui Costa também criticou a decisão do Copom, classificando-a como uma “insensibilidade que só aumenta o desemprego e o sofrimento do povo brasileiro”.