A gestão de programas assistenciais do governo federal, principalmente do Bolsa Família, está ameaçada em Alagoas.
A União atrasou o repasse mensal para administração e planejamento destes projetos no Brasil inteiro ao ponto de, em 2015, nenhum repasse ter sido feito até agora.
Sem dinheiro para manter a estrutura física, de pessoal e de oferta de serviços sociais, alguns municípios do estado já suspenderam as atividades destes programas. Outros estão ameaçando.
A situação mais crítica acomete as prefeituras situadas na região do Semiárido, castigadas pelos efeitos da longa estiagem.
Como o repasse está atrasado, algumas prefeituras arcaram com a demanda, para evitar prejuízo aos que carecem dos serviços. No entanto, nem todas têm porte para bancar e os administradores dos centros especializados ficaram sem condições para trabalhar.
De acordo com Giselda Lins, boa parte das prefeituras do Sertão está em calamidade pública, devido à seca, e, por isso, não podem bancar as despesas da gestão dos programas sociais nas cidades.
“A prefeitura de Estrela de Alagoas é uma das que reclamam muito da situação. Lá, os funcionários dos centros reduziram a carga horária de trabalho e até ameaçam parar o serviço por completo. Vamos esperar até o fim deste mês para saber se o governo federal vai cumprir a promessa de atualizar o repasse. Caso contrário, fica difícil gerir os programas em Alagoas”.
Fonte: Gazeta de Alagoas