Onze advogados que representavam o ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, deixaram a defesa dele. Entre eles está o ex-senador Demóstenes Torres. Eles apresentaram um pedido de renúncia ao Supremo Tribunal Federal (STF), que aguarda o deferimento do ministro Alexandre de Moraes. O documento não inclui explicações para a saída dos advogados.
Torres está preso no âmbito da investigação sobre possível omissão durante invasão e depredação das sedes dos Três Poderes, em 8 de janeiro. Ele continua detido nas instalações do Batalhão de Aviação Operacional, no 4º Batalhão de Polícia Militar (BPM) do Distrito Federal.
No dia dos atentados, Torres viajava para os Estados Unidos. Ele foi preso em 14 de janeiro, ao voltar para o Brasil. Em 1º de março, Alexandre de Moraes indeferiu pedido da defesa do ex-secretário de Segurança Pública pela revogação da prisão de Torres.
O advogado Rodrigo Roca, que liderava a equipe no processo, segue como defensor de Torres. Roca já atuou na defesa do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).
A saída dos advogados pode indicar uma dificuldade do ex-secretário em encontrar profissionais dispostos a assumir seu caso, o que pode dificultar a sua defesa no processo em andamento. A renúncia pode ter sido motivada por divergências na estratégia de defesa, conflitos de interesse ou outros fatores não divulgados. É importante ressaltar que a reportagem não teve acesso a informações adicionais que possam esclarecer os motivos da saída dos advogados.