PAULO AFONSO- A sessão ordinária da Câmara Municipal desta segunda-feira (06), marcou o fim do Grande Expediente – momento em que os parlamentares usam a tribuna-, do ano com discursos acalorados e acusações de ambas as bancadas, ainda em razão das repercussões em torno da aprovação do projeto de suplementação orçamentária pedida pela prefeitura de 16 milhões reais.
A líder da oposição, Evinha Oliveira (Solidariedade), rechaçou as acusações de que a bancada se articulou com o APLB Sindicato para espalhar outdoors pela cidade em protesto contra a bancada do prefeito responsável pela aprovação do PL.
“Eu sei que as palavras não foram exatamente comigo, mas eu me sinto no dever de responder. Quando um vereador diz que a oposição manipulou os professores, é como se dissessem que eles não têm capacidade de pensar por si só, está muito claro aqui que o outdoor foi colocado pela APLB, eles são extremamente organizados e vieram aqui cobrar por seus direitos”, rebateu.
Na avalição da vereadora, se o governo municipal se prestasse a dar mais esclarecimentos sobre os projetos que envia à Casa, muitos desses ruídos seriam evitados.
“Eu volto a falar aqui: nós convidamos a secretária de planejamento (Patrícia Alcântara) ela não veio. Cadê o prefeito? também não veio. É importante em qualquer situação a gente ter os dois lados da questão; a população não ver muitas vezes seus interesses defendidos aqui e pensam que o vereador não faz nada.”
Evinha questionou os colegas da base do governo sobre as cobranças feitas ao prefeito, em relação à medicação em falta na farmácia básica, à falta de insumos nos hospitais, e até à abertura da CPI.
“Eu sou funcionária do povo. Foi a população quem me elegeu, então eu não estou aqui para defender os interesses do prefeito, mas da população.”
Evinha questionou o atraso no salário dos servidores e disse que a prefeitura não pode apenas culpar a população usando o Hospital Nair como fonte de consumo de todos os recursos da prefeitura.
“Cadê as decorações natalinas dos anos anteriores? não foi paga, não foi feita, deveria estar guardada de forma para ser usadas em outros anos. Então num momento como esse, com tanta violência, a cidade está apagada – apagada em todos os sentidos.”