Nesta quinta-feira, o Supremo Tribunal Federal (STF) condenou o ex-senador e ex-presidente Fernando Collor por corrupção passiva e lavagem de dinheiro em um processo relacionado à Operação Lava Jato. A condenação foi resultado de seis sessões de julgamento, e o placar final ficou em oito votos a dois pela condenação.
De acordo com o STF, Collor, que já foi dirigente do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), foi considerado responsável por indicações políticas para a BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras, e teria recebido vantagens indevidas no valor de R$ 20 milhões em contratos da empresa.
O tribunal ainda irá definir a pena a ser aplicada a Collor, que terá o direito de recorrer em liberdade. O ministro Edson Fachin, relator do caso, sugeriu uma pena de 33 anos e 10 meses de prisão para o ex-presidente. Além disso, dois ex-assessores também podem ser condenados no mesmo processo.
A ação penal contra Collor foi aberta em agosto de 2017, e segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), o ex-presidente teria recebido pelo menos R$ 20 milhões em propina por sua influência política na BR Distribuidora. Os crimes teriam ocorrido entre os anos de 2010 e 2014.
Durante o julgamento, o advogado Marcelo Bessa, representante da defesa de Collor, pediu a absolvição do ex-senador. Alegou-se que as acusações da PGR foram baseadas em depoimentos de delação premiada e não apresentaram provas concretas para incriminar Collor. Bessa também negou que seu cliente tenha sido responsável pela indicação de diretores da empresa, afirmando que as acusações se basearam em comentários de terceiros feitos pelos delatores.
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