Nesta terça-feira (21), a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por unanimidade, aceitar a denúncia contra a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) e o hacker Walter Delgatti Neto. Ambos são acusados de invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e de inserção de dados falsos.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou a dupla pelos crimes de invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica. A investigação revelou que eles adicionaram documentos falsos ao sistema do CNJ, incluindo um mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF.
Com a aceitação da denúncia, Zambelli e Delgatti tornam-se réus e responderão aos crimes em uma ação penal. O caso é relatado pelo ministro Alexandre de Moraes.
Durante as investigações, Delgatti admitiu a autoria dos crimes e afirmou ter agido a pedido de Zambelli. A deputada, que já enfrenta outra ação no STF por porte ilegal de arma de fogo e constrangimento com uso de arma, foi acusada de perseguir um homem negro com uma arma em punho na véspera do segundo turno das eleições de 2022, em São Paulo.
Delgatti, conhecido como “hacker da Vaza Jato” por ter invadido dispositivos de autoridades da operação Lava Jato, foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) na Operação Spoofing e condenado, em primeira instância, a 20 anos de prisão.