O presidente Michel Temer vai entrar com uma petição no Supremo Tribunal Federal (STF) solicitando a suspensão do inquérito aberto com autorização do ministro Edson Fachin para investigá-los pelos crimes de corrupção, organização criminosa e obstrução de Justiça.
Em pronunciamento neste sábado (20), Temer voltou a afirmar que não vai deixar a presidência e disse que a gravação da conversa com o empresário Joesley Batista, dono do grupo JBS, foi manipulada "com objetivos nitidamente subterrâneos". Em matérias divulgadas neste sábado pelos jornais Folha de S. Paulo e Estado de S. Paulo peritos disseram que foram feitos cortes e edições nos áudios da conversa entre Temer e o empresário. Segundo as publicações, os áudios tiveram 50 edições e 14 cortes.
Em tom elevado, o presidente também fez duras críticas a Joesley, chamou de "pífia" a acusação de corrupção contra ele e criticou o fato de inquérito ter sido aberto sem a devida averiguação "levou muitas pessoas ao engano induzido e trouxe grave crise ao Brasil". "No dia hoje estamos entrando com petição no STF para suspender o inquérito até que seja verificada em definitivo a autenticidade da gravação clandestina", afirmou.
Disse também que houve incoerência e contradições s nos depoimentos de Joesley e do irmão dele, Wesley Batista. Temer afirmou ainda que o depoimento de Joesley demonstra insatisfação do empresário com o governo. "O governo não atendeu a seus pedidos. Estamos acabando com os velhos tempos das facilidades aos oportunistas. isso incomoda muito", defendeu.
Veja abaixo a íntegra do que ele falou.