A relação entre PT e PSD na Bahia enfrenta tensões crescentes com a articulação para as eleições de 2026. O embate se dá pela formação da “super chapa dos vencedores”, que prevê a reeleição do governador Jerônimo Rodrigues (PT) e a manutenção das duas vagas ao Senado para o partido. Esse cenário exclui a candidatura do senador Angelo Coronel (PSD), que ameaça romper com a base governista.
Além disso, há pressões para retirar o vice-governador Geraldo Júnior (MDB) da chapa devido ao seu desempenho na eleição municipal de Salvador. Apesar do apoio de dez siglas da base, ele obteve pouco mais de 10% dos votos, ficando atrás até do candidato do PSOL, enquanto o prefeito Bruno Reis (União) foi reeleito com ampla vantagem.
Geraldo Júnior, no entanto, defende que sua posição como vice-governador lhe dá prioridade na composição da chapa. O ex-deputado Lúcio Vieira Lima, presidente de honra do MDB, minimiza o impacto da derrota municipal e critica a estratégia do PT, alertando que a chapa pura do partido pode gerar ainda mais desgastes dentro da base aliada.