Dias após jantarem juntos, em São Paulo, para discutir uma possível aliança política no próximo ano, o pré-candidato nas eleições presidenciais de 2022, Ciro Gomes (PDT), marcou presença no programa matinal do apresentador José Datena (PSL), nesta sexta-feira (12).
Durante a conversa, o ex-ministro criticou o governo Bolsonaro e a política brasileira, que segundo ele, é voltada apenas a serviço dos ricos. Em outro trecho, Ciro também falou sobre a importância de estocar a produção de alimentos no país para evitar alta de preços e fome da população.
“Hoje, o governo brasileiro fecha os braços e deixa outros países levarem a nossa produção. Temos que ter estoque regulador, que é quando terminar a safra, o governo compra uma parte importante para garantir o abastecimento nacional a preços honestos. Guarda isso e quando houver o desabastecimento e os preços subirem, o governo desova e vende mais barato. O Brasil tinha isso, mas, do Lula pra cá, tudo foi destruído em nome de um modelo econômico neoliberarismo”, explicou Ciro.
Ele falou, ainda, sobre o monopólio da Petrobras no mercado e a constante alta no preço de combustíveis no país. Segundo ele, a estatal lucrou sozinha no primeiro trimestre do ano: cerca de R$ 32 bilhões sem pagar um centavo de imposto. “Isso é criminoso para um povo que está passando fome”.
“Eu não aguento mais ver o meu país sendo assaltado desse jeito e não contaminar o povo sobre a necessidade de uma revolta. Mas não uma revolta sem causa e sim democrática para mudar o que tá ai. Se eu anuncio que a política de preço vai ser respeitosa dos custos da Petrobras e do interesse nacional, para vincular o combustível brasileiro que só sobe todo dia e se anuncio que o Brasil vai comprar de volta até o limite de 60%, eu volto para o melhor dos mundos em que vou gerar emprego ao invés de importar todo tipo de combustível”, declarou.
O político também culpou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pela constante alta do dólar, que influencia diretamente no preço dos combustíveis no Brasil, uma vez que são comprados ao custo da moeda norte americana.
“Quando o Bolsonaro tomou posse, o dólar era R$ 3,70, agora é acima dos R$ 5,50. Todo dia que ele fala uma merda, o dólar dispara. Agora mete isso nas costas de um taxista, motorista de aplicativo, um caminhoneiro e uma dona de casa que recebe em reais, quem fala por eles? Só eu estou falando!”, afirmou.
Fonte: am1
