A procuradoria do Tribunal Penal Internacional (TPI) solicitou a prisão do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e do líder do Hamas Yahya Sinwar. Esta ação marca um passo significativo na resposta a alegações de crimes de guerra. Os juízes do TPI agora avaliarão os pedidos apresentados.
Além de Netanyahu e Sinwar, a procuradoria também pediu a prisão do ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, e de outras duas lideranças do Hamas. Segundo Karim Khan, promotor-chefe do TPI, em entrevista à CNN, os líderes do Hamas são acusados de “extermínio, assassinato, tomada de reféns, estupro e agressão sexual durante a detenção”. Em contrapartida, os líderes israelenses são acusados de “causar extermínio e usar da fome como método de guerra”.
Este é o primeiro caso em que o TPI visa diretamente um líder de um aliado próximo dos Estados Unidos. No mês passado, diante de rumores sobre a possível emissão dos mandados, Netanyahu classificou qualquer ação do TPI contra altos funcionários israelenses como “um ultraje de proporções históricas”.
Em resposta, Khan afirmou que “ninguém está acima da lei”. Apesar de Israel não ser membro do TPI, o tribunal reivindica jurisdição sobre áreas de conflito com base na formalização de vínculos dos líderes palestinos com o tribunal em 2015.