Nesta terça-feira (27), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) retomou o julgamento que pode acarretar na inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro e seu candidato a vice, o General Walter Braga Netto. Ambos são acusados de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação durante a campanha eleitoral de 2022.
O ex-chefe do Executivo e Braga Netto são alvos de uma ação proposta pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT). Em meio à disputa presidencial do ano passado, Bolsonaro reuniu embaixadores de países estrangeiros para fazer ataques infundados ao sistema eleitoral e às urnas eletrônicas, segundo a denúncia.
Nesse cenário, o ex-presidente utilizou a estrutura pública – o Palácio da Alvorada e a TV Brasil, além de redes sociais – para propagar teses sobre o tema já desmentidas anteriormente.
A sessão de hoje se inicia com o voto do ministro relator Benedito Gonçalves. Na primeira sessão, ocorrida na última quinta-feira (22), foi apresentado o relatório do ministro, seguido pelas manifestações da acusação feita pelo PDT, e pelas defesas de Bolsonaro e Braga Netto.
O Ministério Público Eleitoral (MPE) já apresentou parecer a respeito do caso, um elemento crucial para a sequência do processo.
O julgamento, que atrai a atenção do país, tem implicações profundas e pode definir o futuro político de Bolsonaro. Se condenado, ele pode ser considerado inelegível, o que traria consequências significativas para o cenário político nacional.
Tudo isso ocorre em meio a uma ampla polarização e a discussões fervorosas sobre a integridade do sistema eleitoral brasileiro.
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