A Rússia e a Ucrânia divulgaram hoje números divergentes de soldados russos mortos durante os a invasão ao país vizinho. Em vídeo publicado no Telegram, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou que 6.000 militares adversários haviam morrido em seis dias, enquanto o porta-voz do ministério da Defesa russo, Igor Konashenkov, afirmou haver 498 baixas durante esse mesmo período.
“As mães russas estão perdendo os filhos em um país estrangeiro. Pensem neste número: 6 mil russos mortos em seis dias de guerra. Para quê? Para tomar a Ucrânia? É impossível, estamos na nossa terra nativa“, disse Zelensky em um vídeo publicado no canal dele no Telegram.
Enquanto isso, o ministério russo disse que 498 soldados do país morreram durante o que chamam de “operação especial”, e quase 1.600 foram feridos, de acordo com a agência de notícias estatal Ria Novosti. O órgão informou que as perdas foram maiores nos batalhões ucranianos: mais de 2.870 teriam sido mortos e 3.700 feridos.
“Infelizmente, há perdas entre nossos camaradas participando da operação militar especial“, disse Konashenkov. “498 soldados russos morreram na linha de frente e toda a assistência possível está sendo oferecida às famílias das vítimas. Outros 1.597 dos nossos camaradas foram feridos“.
Não há checagens independentes sobre o total de vítimas até o momento. O jornal The New York Times estimou ontem que 2.000 russos tenham morrido no conflito até o momento, de acordo com previsões de três funcionários do governo norte-americano e de países europeus.
Perdas entre civis
O Serviço de Emergências ucraniano estima que ao menos 2.000 civis tenham morrido desde que as tropas russas entraram no país, na última quarta-feira (23). “Durante sete dias de guerra, a Rússia destruiu centenas de instalações de transporte, prédios residenciais, hospitais e escolas infantis. Durante esse período, 2.000 ucranianos morreram, sem contar os militares“, disse o órgão em publicação no Facebook.
A invasão da Rússia à Ucrânia chegou hoje ao sétimo dia, com fortes ataques à segunda maior cidade ucraniana, Kharkiv, com bombardeio à Câmara municipal. Em Kiev, a capital ucraniana, a tensão aumenta.
No sul do país, as forças do presidente russo, Vladimir Putin, dizem ter tomado o controle da cidade de Kherson, perto da península da Crimeia. Autoridades ucranianas negam, e falam em cerco.