O procurador-geral do Ministério Público Estadual (MPE), Alfredo Gaspar de Mendonça Neto, solicitou ao Tribunal de Justiça (TJ/AL) a prisão do prefeito de Delmiro Gouveia, Eraldo Joaquim Cordeiro (PSD), por formação criminosa e desvio de milhões de reais das contas do município, de acordo com o órgão.
Ainda de acordo com o MPE, o prefeito é o chefe da organização criminosa. Em julho deste ano, o Radar Notícias trouxe uma matéria que abordou valores pagos a uma empresa de locação de veículos. A mesma estava sendo investigada pelo órgão e, de acordo com o portal da transparência da prefeitura, havia recebido quase R$ 1 milhão de reais no mês de maio.
No pedido de prisão, o procurador-geral também afirma que os desvios ocorreram em verbas locais, a exemplo do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), Imposto Sobre Serviços (ISS), Tributos, ICMS, além de verbas na esfera federal.
Outros pedidos de prisão e afastamento de cargos
O MPE também solicitou ao TJ a prisão dos vereadores, Ezequiel de Carvalho, conhecido como Kel (PSB), presidente da Casa Legislativa; Fabíola Marques (PSL), Francis de Assis, conhecido como Kinho (PRB), Júnior Lisboa (MDB) , Raimundo Valter, conhecido como Casa Grande( PPS), Marcos Costa (MDB), além do ex-vereador do município, Valdo Sandes, que também foi prefeito interino.
Na lista de secretários, Patrícia Brasil, da pasta do Turismo, Estevão Firmão, de Agricultura, Jasiel Belizário, a frente da pasta Meio Ambiente e Paulo Campos, chefe de gabinete, tiveram o pedido de afastamento dos cargos solicitado pelo procurador-geral.
Os secretários que já passaram pela gestão e que hoje em dia, não exercem nenhuma função, também aparecem na lista de afastamento. São eles: Silvio Clécio (Governo), Raul Santos (Finanças), Pedão (Infraestrutura), Lurdinha (Assistência Social), Ib Heber Pita (Saúde), Luciano Aguiar (Meio Ambiente), entre outros.
Gilberto Pitágoras que está à frente da Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT), também aparece como solicitado para ser afastado do cargo.
Ao todo, 57 nomes são citados pelo órgão que determina que os mesmos não disponham de cargo público no município. O portal Radar Notícias entrou em contato com os citados pelo MPE e reitera que o espaço está aberto para a defesa. Também aguarda um posicionamento da gestão municipal sobre o pedido da prisão de Eraldo Cordeiro.