Vereador afirma que autismo pode ser curado “na peia” e “na chibata”, gerando indignação; entenda o caso

Parlamentar alega ter sido "curado" na infância por meio de agressões físicas, declaração desmentida por especialistas

Jucás, Ceará – O presidente da Câmara Municipal de Jucás, Eúde Lucas (PDT), está no centro de uma polêmica após declarações feitas em sessão parlamentar na última quarta-feira, dia 20. Ele afirmou que o autismo pode ser curado “na peia” e “na chibata”, uma visão amplamente criticada e sem respaldo científico.

Autismo não tem cura reconhecida

O autismo, ou Transtorno do Espectro Autista (TEA), é uma condição permanente que não tem cura reconhecida pela comunidade médica. Segundo estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS), uma em cada 44 pessoas no mundo é afetada pelo TEA, o que representa aproximadamente 4,8 milhões de brasileiros. A condição é caracterizada por alterações no neurodesenvolvimento que afetam áreas como comunicação, linguagem e comportamento.

Declarações causam polêmica

O vereador Eúde Lucas disse ter tido o transtorno na infância e afirmou que foi “curado” por seu pai por meio de agressões físicas. Essa alegação foi imediatamente criticada, tanto por especialistas na área da saúde quanto por membros da sociedade.

Pedido de desculpas e contexto

Após o alvoroço gerado por suas declarações, o vereador pediu desculpas e afirmou que suas palavras foram retiradas de contexto. No entanto, o dano já estava feito e diversas entidades ligadas ao autismo e direitos humanos já pedem uma retratação mais formal e medidas educativas para evitar a propagação de desinformação.