A vereadora Evinha, do partido Solidariedade, expressou sua frustração com a demora da prefeitura de Paulo Afonso em aprovar o Projeto de Lei que garante o pagamento atualizado do Piso Nacional da Enfermagem. O Piso Nacional da Enfermagem, que estabelece um salário mínimo para profissionais de enfermagem, foi garantido no ano passado e entrou em vigor, determinando um salário de R$ 4.750 para enfermeiros que trabalham 40 horas por semana, R$ 3.325 para técnicos em enfermagem (70% desse valor) e 50% desse valor para auxiliares de enfermagem e parteiras.
Após a liberação pelo Supremo Tribunal Federal, em maio deste ano, os vereadores de Paulo Afonso ficaram atentos à agenda da prefeitura em relação ao Projeto de Lei que garantiria o pagamento atualizado a esses profissionais de saúde.
Evinha, conhecida por sua postura crítica, passou a cobrar com mais veemência ao prefeito em exercício, Marcondes (PSD), após a chegada dos recursos necessários para a implementação do Piso Nacional da Enfermagem ao município. A vereadora destacou que o Projeto de Lei precisa ser iniciativa do Executivo e deve ser tratado com urgência.
“Nós precisamos dar satisfação a toda a classe da enfermagem. Não se trata de ser ‘pai ou mãe’ da criança, como dizem, mas esta Casa existe para garantir direitos à população. Fomos eleitos para defender o povo e não A ou B”, declarou Evinha.
Ela questionou a demora da prefeitura em aprovar o projeto, enfatizando que os recursos necessários estão disponíveis na conta do município. “O recurso está na conta, então por que tanta demora? Qual é a dificuldade? Vão esperar perder o prazo e deixar esses trabalhadores sem o devido repasse?”, indagou a vereadora.
Evinha também criticou a velocidade com que a prefeitura age quando se trata de seus próprios interesses. “A demora e as dificuldades surgem quando é preciso atender à população. Eu vou cobrar quantas vezes forem necessárias, porque esta gestão negligencia as dores das pessoas e só serve para construir praças.”
Além disso, a vereadora levantou preocupações em relação às recentes construções de praças pela prefeitura, alegando que nenhuma delas passou por um processo de licitação adequado. “A praça não é ruim, é ótima, mas nenhuma delas foi licitada. Estão sendo derrubadas e reconstruídas novamente com contratos de manutenção. Estamos voltando à época do ‘prefeito da praça’, enquanto problemas cruciais são ignorados.”
Evinha também mencionou o Centro de Especialidade Odontológica (CEU), que está fechado há mais de 2 anos. Ela expressou preocupação com a demora na reabertura do centro, apesar das promessas feitas pelo prefeito. “As pessoas precisam muito desse tratamento. Fomos lá em abril, a convite do prefeito, e nos disseram que o centro seria reaberto em um mês. No entanto, ousaria dizer que isso acontecerá próximo das eleições. Mas dizem que nós, da oposição, é que estamos em campanha”, concluiu a vereadora Evinha.