Votação do projeto que aumenta o salário dos vereadores de Mata Grande é outra vez adiada

O possível aumento de subsídio de R$ 2.500,00 para R$ 6.000,00 e da verba de gabinete de R$ 1.500,00 para R$ 5.000,00 tem gerado discussão na Câmara de Vereadores de Mata Grande, o que tem feito a população participar das últimas sessões.

“Acho que é uma injustiça, com o momento que o país vem passando, e nosso município também vem passando. É incabível o aumento de 140% aos vereadores”, argumentou o vereador João Sérgio (PMDB), durante a sessão ordinária desta sexta-feira (18).

Na referida sessão, diante da polêmica, mais uma vez os projetos de resolução que concedem o reajustamento para o quadriênio 2017/2020 não foram colocados para votação, fato que foi motivo de comemoração para quem é contra e esteve presente na sessão.

“Eu sou contra esse projeto ser aprovado porque os vereadores deveriam olhar os problemas dos matagrandenses e não pensarem em aumentar o salário deles em 140%”, se posicionou o servidor público Gilmar Pedro, que é um dos fundadores do Sindicato dos Servidores Públicos do município.

O presidente da Câmara Municipal, vereador Júlio Brandão (PP), explicou que os projetos de resolução ainda estão em análise pelas comissões de Finanças e Justiça, motivo pelo qual ele adiou outra vez a votação deles.

“Todos sabem que temos dois projetos aqui na Casa, mas, como ainda estão tramitando, que é a questão dos subsídios, vamos deixar para a próxima sessão”, comunicou o presidente durante a sessão.

O vereador Orlando Ferraz (PP) adiantou o que já foi verificado nas comissões de Finanças e Justiça. “No aspecto legal, como podemos observar no artigo 29 da Constituição, o salário do vereador pode ser até 30% do subsídio do deputado estadual. Na questão financeira, observamos que não gera ônus ao Poder Executivo. Por isso sou a favor da aprovação”, explicou.

Ferraz, que é bancário, falou ainda a respeito dos questionamentos da população quanto ao percentual de reajustamento do subsídio, que é de 140%. “Questionam porque não reajustamos em 10% apenas ao invés de 140%. É porque o último aumento concedido nessa casa foi no ano de 2003, isso é, há 13 anos. Quando fazemos a correção da inflação, atingimos um índice como esse, de 140%”, respondeu.

Não existe uma data marcada para que os projetos sejam votados em plenário, mas há a possibilidade de que eles sejam apreciados na sessão da próxima sexta-feira (25).