Em Brasília, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu manter em novembro a bandeira vermelha patamar 1 nas contas de luz. Isso significa que segue a cobrança adicional de R$ 4,46 a cada 100 kWh para consumidores ligados ao Sistema Interligado Nacional.
A escolha da Aneel acompanha um cenário hídrico ainda desfavorável: chuvas abaixo da média e níveis menores nos reservatórios das hidrelétricas. Para não faltar energia, o sistema precisou acionar usinas termelétricas — uma opção mais cara — e a agência também lembrou que a geração solar é intermitente, ou seja, não supre a demanda à noite e nos horários de pico.
O patamar vermelho 1 já havia sido restabelecido em outubro, depois do patamar 2 aplicado em agosto e setembro, quando o adicional era maior. Em novembro, a classificação e o valor por 100 kWh permaneceram os mesmos.
Como funciona o sistema de bandeiras
Criado em 2015, o sistema de bandeiras mostra, mês a mês, o custo extra da geração de energia. Na prática:
- Bandeira verde: sem acréscimo;
- Bandeira amarela: adicional de R$ 1,88 por 100 kWh;
- Bandeira vermelha patamar 1: adicional de R$ 4,46 por 100 kWh;
- Bandeira vermelha patamar 2: adicional de R$ 7,87 por 100 kWh.
O que isso muda no seu bolso
O impacto depende do consumo. Por exemplo, um domicílio que gastou 200 kWh no mês teve acréscimo de R$ 8,92; para 300 kWh, a cobrança extra foi de R$ 13,38. Parece pouco no dia a dia, mas soma no fim do mês.
Algumas medidas simples ajudam a reduzir esse efeito: use equipamentos de forma racional, programe máquinas de lavar e lava-louças para horários de menor consumo, faça manutenção preventiva dos aparelhos e prefira lâmpadas e eletrodomésticos mais eficientes.
Por fim, a sinalização mensal das bandeiras continua sendo útil: permite que famílias e empresas planejem melhor o uso de energia enquanto persistirem as condições hidrológicas adversas.

